terça-feira, 31 de dezembro de 2013

domingo, 22 de setembro de 2013

Faculdade

E é já amanhã que começo as aulas na faculdade. Nervoso? SIM! Ansioso? SIM!
Não sei o que pensar, não sei o que fazer. As portas de um novo mundo vão abrir-se para mim amanhã. Não vejo a hora de ter aulas e de aumentar o meu conhecimento. Isto de andar um ano a repetir duas disciplinas tem muito que se lhe diga. 
Tou receoso por causa da Praxe, não sei o que esperar. Eu vou aderir até que os meus limites sejam transpostos, mas queria mesmo ultrapassar isto, vamos lá ver.
A faculdade é muito gira, já andei lá a cuscar e vou andar um bocado à nora os primeiros dias, mas suponho que seja o normal.

Depois de andar um ano à espera disto agora estou em pulgas, amanhã já trago novidades.

Desejem-me sorte!

PS: Agora é que vão haver mais posts sobre os gajos giros da faculdade :p

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Hephaistion's Death



Hoje estive a ver este filme e quando o Hefaísto diz que o Alexandre sonhava em ser Aquiles e este responde que ele era o seu Pátroclo, as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Desde que li "O Canto de Aquiles" fiquei ligado emocionalmente a Aquiles e Pátroclo, a história deles inspira-me de uma forma...

Só tenho pancas >.>

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Atualizando

Bem, há já muito tempo que não passava por aqui a falar da minha vida. A verdade é que neste ano não se passaram coisas muito importantes. Como sabem estive a terminar o secundário no Ensino Recorrente e acabei com 18 valores a Matemática A e a Físico-Química, o que me deu 16 valores de média de Secundário. Fui fazer os exames às duas disciplinas e acabei com 11 a FQ e 5 a Matemática. Fiquei contente por ter terminado FQ e sinceramente já nem fui à segunda fase tentar Matemática, simplesmente não consigo resolver aquilo.
Entretanto as férias chegaram e com o 12º ano terminado as portas do Ensino Superior abrem-se para mim, candidatura já feita, vejo há poucos dias atrás a palavra "Colocado" a seguir ao meu nome, com a média de 14,8.
É verdade entrei no curso que queria no Ensino Superior Privado (daí já terem saído as colocações) e estou mesmo muito feliz, estou feliz por ter ficado este ano a terminar disciplinas, aprendi coisas que não tinha aprendido em três anos, valeu mesmo a pena.

Sobre a minha vida, continuo solteiro e bom rapaz (mais ou menos). Já não tive nenhum encontro via Manhunt, raramente lá vou agora. Já não estou naquela de tentar conhecer alguém, conversar depois encontro e logo se vê. Cansei-me um pouco disso. Sinto-me bem solteiro apesar de sentir falta dos carinhos e miminhos de ter alguém para dizer Amo-te. Mas uma pessoa acaba por seguir em frente (que é algo que faz parte de mim).
Todas as turbulências na minha vida acalmaram, agora com 19 anos culpo as hormonas por esses tempos. Estou muito mais calmo e em paz comigo mesmo, sinto-me feliz. Existe uma ou outra situação que me tira do juizo, mas acabo por ultrapassar. Por isso digo a todos os adolescentes que se sintam em baixo, que tudo melhora, apoiem-se nos vossos amigos, nas pessoas que amam.

Entretanto através da Ca conheci um grupo de pessoas espetacular que costumam organizar eventos de fãs de Harry Potter e que por acaso consegui entrar também como organizador graças a uma ideia que tive. O grupo é espetacular e já tivemos dois eventos que tiveram uma adesão espetacular. E acontece que um organizador é gay com namorado e nos eventos também já conheci mais um gay e posso dizer que já criei um bom grupo de amigos gays e é muito engraçado.

Por agora é só aproveitar o resto das férias, porque apartir de setembro vai começar a doer!

Um grande abraço para todos os meus leitores e peço desculpa pelas minhas ausências.

sábado, 15 de junho de 2013

Capítulo Cinco: Verdade (Parte 1)


“Não era verdade. Ele estava a gozar comigo, a brincar com os meus sentimentos de novo. Mas então olhei-o nos olhos e percebi que era verdade”

Estava nas Urgências. Com um dedo partido. Sentado ao lado do Rafael, que tinha também o nariz partido. Desde a nossa “discussão” que não nos falávamos.
- Desculpa. – disse, finalmente, Rafael, olhando o chão branco do hospital.
Permaneci calado, curioso para ver até onde ele chegaria.
- Fui um otário, não te deveria ter dito aquelas coisas.
- Mas disseste! – disse num tom baixo, um pouco brusco.
- Eu sei, estava furioso. – seguiu-se uma pausa – Tu confundes-me.
- Ah, agora eu é que te confundo? Tens cá uma graça, Rafael. – o tom irónico na minha voz parecia uma faca afiada a trespassar-lhe o peito.
- Eu… - seguiu-se outra pausa, mais longa que a anterior – Eu gosto de ti.
Não era verdade. Ele estava a gozar comigo, a brincar com os meus sentimentos de novo. Mas então olhei-o nos olhos e percebi que era verdade. Aquele brilho e esplendor era impossível de imitar.
- Tens a certeza que é desse gostar a que te referes?
- Sim… tentei-me convencer do contrário mas não consigo. És especial, gosto de ti, gosto de estar contigo, fazes-me sentir bem. E és rapaz.
- Lá está, “e sou rapaz”. – repeti.
- Já não me importo se és rapaz ou rapariga ou se sou heterossexual, homossexual ou bissexual. Eu só sei que gosto de ti e não me vou esforçar mais a tentar-me convencer do contrário.
Olhei em frente para a parede branca coberta com panfletos preventivos sobre a Gripe A e a dengue. Ainda não conseguia acreditar nele, depois de tanta coisa que ele me fez passar.
Ele volta a olhar para o vazio, calado durante um tempo. Respira fundo e vira a cara na minha direção, aproxima-se lentamente e beija-me a bochecha.
Sentir os seus lábios quentes na minha face fez-me esquecer todas as dúvidas. Virei-me e beijei-o nos lábios sem pudor. Estávamos sóbrios, não havia nada a iludir os nossos sentimentos, era a mais pura verdade.
Ele afastou-se, olhando para trás de mim e eu virei-me reparando no homem que se tinha afastado de nós com repulsa.
- Que se lixem! – exclamou Rafael ao dar-me a mão, sorridente.
- Rafael, tens a certeza de tudo isto? Não me magoes, por favor.
- Sim, tenho. Confia em mim. – disse, acariciando-me a mão. É então que ele olha para a porta das Urgências e larga-me a mão, subitamente. Sigo-lhe o olhar e reparo que é o pai dele a entrar. É um homem alto, robusto, bastante parecido com ele.
- Então, as meninas já fizeram as pazes? – disse ele num tom juncoso.
- Pai… - resmungou Rafael.
- Oh, vá lá! Não vão estragar a vossa amizade por causa de uma rapariga, pois não? Há por aí muitas à solta.
Olhei para o Rafael e este esbugalhou-me os olhos de modo advertido.
- Exato, raparigas há muitas… - tentei rir, mas sem sucesso.
- Bem… É melhor ir. Falamos depois. – deu-me uma palmadinha no ombro e piscou-me o olho. O pai dele acenou-me, desejou-me as melhoras e partiram os dois.
Fiquei a refletir sobre o que se tinha passado um bocado até que a minha mãe, recém-chegada de Praga, me veio buscar para irmos para casa.
Já em casa, no quarto, refleti sobre toda a minha história com o Rafael: conhecemo-nos no ensino básico, éramos colegas de turma. Por casualidade tornámo-nos amigos, eu gostava dele, era engraçado, amigo e especialmente giro. Fiquei mais interessado nele quando os nossos olhares se começaram a cruzar consecutivamente, era estranho mas ao mesmo tempo bom para mim.
A nossa amizade intensificou-se quando entrámos no secundário e passámos a ser melhores amigos, estávamos sempre juntos a falar sobre nós, sobre os outros, sobre raparigas (até me ajudou a arranjar uma) e sobre a escola. Assim como a nossa relação, o meu interesse por ele tinha aumentado e havia certas ações da parte dele, como os olhares e as aproximações, que me fizeram duvidar da sua orientação sexual e me punham cada vez mais confuso.
Foi nos anos da Raquel, quando levei um namorado meu que o Rafael começou a desconfiar de mim. Perguntou à Alexandra e esta contou-lhe que eu era bissexual. Mais tarde, quando falei com ele, mostrou-se compreensivo e tolerante, nas suas palavras “cada um tinha direito a amar quem quisesse”. Com isto tinha subido mais uns pontos na minha consideração e amizade.
Após a descoberta, as minhas insinuações para ele tornaram-se mais frequentes com olhares, toques, braços sobre os ombros, festas no cabelo e abraços, mas em vão. Ele era impenetrável.
Mas agora, tínhamo-nos beijado, tínhamos dado as mãos e ele tinha dito que gostava de mim. Não conseguia ignorar a insanidade de tudo isto e a reviravolta dos acontecimentos.
A figura da minha mãe à porta do meu quarto, interrompeu-me a linha de pensamento.
- Filho?
- Sim, mãe? – levantei-me da cama, sentando-me na beira.
- Desculpa, não sabia que tavas a descansar.
- Não estava.
- Queria falar contigo sobre o que se passou. – disse ao sentar-se ao meu lado – Lutar com o teu amigo por causa de uma rapariga? Que se passa? – perguntou, preocupada.
Tinha-lhe contado a mesma versão que o Rafael contou ao pai para não haver confusões.
- Nada, mãe. – suspirei – Está tudo resolvido agora, foi uma estupidez de adolescentes.
- Filipe, eu sei que o teu pai não está aqui, mas tens me a mim para falares, para o que precisares.
- Oh mãe… Sabes perfeitamente que sempre falei mais contigo do que com o pai! Ele só fala comigo quando vem a Portugal ou eu vou a Londres. Ou quando me dá presentes…
- Filho, não sejas duro com o teu pai. – advertiu-me – Ele está a trabalhar arduamente para termos uma boa vida aqui e poderes ir estudar para Londres como sempre quiseste.
- Eu sei, não sou ingrato, mas custa não o ter aqui. – confessei.
- Todos nós sentimos a sua falta.
Ela levantou-se e deu-me um beijo na testa, saindo do quarto, despedindo-se com um “Cuida de ti”.

No dia seguinte, ao chegar à escola, fiquei na paragem do autocarro à espera do Rafael, tal como tínhamos combinado por SMS na noite anterior.
Cinco minutos depois o seu autocarro chega e ele sai com o seu look de sempre, lindo.
- Bom dia. – diz ao chegar ao pé de mim, a sorrir, meio tímido.
- Bom dia. – respondi sem expressão, confuso pela maneira como ele estava a agir.
Ficámos os dois imóveis até que a paragem ficou vazia. Rafael olha para os dois lados e por fim dá-me um beijo ao de leve nos lábios.
- Desculpa toda esta cena, mas ninguém sabe que não sou heterossexual, além de ti, e eu prefiro que continue assim. A minha família não iria reagir muito bem.
- Tudo bem, eu compreendo, só que podias-me ter avisado sobre o teu pai. Fiz figura de parvo, ontem. – disse, parecendo um pouco chateado.
- Desculpa, amor. – disse Rafael, acabando por rir, fazendo-me rir também.
- Vá, vamos para as aulas. – disse, dando-lhe uma palmada no rabo, algo que sempre lhe quis dar.
- Hum, não sabia que gostavas de palmadas. – sussurrou-me num tom sedutor, aproximando-se de mim.
- Oh, cala-te! – empurrei-o na direção da escola.
- Espera! Queria-te perguntar uma coisa.
- O quê? – perguntei, temendo o pior.
- Vens dormir a minha casa esta noite? Os meus pais estão fora e pensei que era a melhor oportunidade para… nos conhecermos melhor.
Sorri e abracei-o - Claro que vou!
Combinámos então ir para casa dele depois das aulas e passaria lá a noite, voltando à escola no dia seguinte com ele. À hora de almoço falei com a minha mãe e ela aceitou sobre o pretexto que iria fazer um trabalho com ele e desta maneira seria mais fácil fazê-lo, o que era em parte verdade.
As horas passavam lentamente, assim como as aulas, especialmente as da tarde. Quanto mais olhava para o relógio pior era. E os olhares que trocava com o Rafael não acalmavam a minha ansiedade.
- O que se passa, Filipe? Pareces elétrico. – perguntou Raquel a meio da aula de Português, quebrando o meu contacto visual com o Rafa. Ela já sabia de nós os dois, tinha-lhe contado na noite anterior, tinha ficado histérica.
- Hoje vou dormir a casa do Rafa.
- Ui, tá-se mesmo a ver que hoje há festa.
- Oh, cala-te! Achas?
- Até parece que não querias, Lipe. – disse, sublinhando os elementos sintáticos de uma frase.
- Não sei… Tudo depende do rumo que a noite tomar.
- Boa sorte, então! – encorajou-me Raquel.

Finalmente a aula tinha terminado e corri para fora da sala, acompanhado pelo Rafael. A viagem de autocarro pareceu tão curta que quando dei por isso já estava à porta da casa dele.

CONTINUA

Estive no Topo do Mundo

Há muito tempo que não passo por aqui para vos falar da minha simples vida de adolescente. Mas hoje venho vos falar de um acontecimento que se passou na passada terça-feira: fui ao meu primeiro concerto (sim, com 19 anos xD) e o facto mais especial não é sobre ser o primeiro, mas sim sobre de quem é o concerto. DOS IMAGINE DRAGONS! Sabem aquela musiquinha toda positiva do anúncio da Vodafone? São eles que a cantam.
Ora bem, eu mal soube que eles vinham a Portugal, fui-me informar e como os bilhetes eram bastante baratos (22 euros) em comparação a outros concertos, decidi aproveitar a oportunidade. Arrastei a Nevada comigo e lá fomos comprar os bilhetes, isto em fevereiro.
E quando demos por isso já íamos no autocarro em direção aos Restauradores, já que o concerto foi no Coliseu dos Recreios. Como eu tinha aulas de manhã, só chegámos ao Coliseu por volta das 16 horas e já estavam duas filas enormes, mas como eu e a Nevada somos uns espertos, optamos logo pela mais curta, já que o pessoal que chegava ia-se amontoando na mais comprida. Fizemos logo amizades com duas raparigas que estavam lá à espera do concerto que seria às 21h. Concordámos em guardar o lugar, caso alguém quisesse ir dar uma volta. Eu e a Nevada aproveitámos logo e fomos ao Starbucks, beber um frappuccino (delicioso!), depois voltámos ao nosso lugar e tivemos a passar o tempo a conversar e a jogar às cartas. Entretanto uma fila enorme forma-se atrás de nós e começamos a ouvir gritos lá do fundo. Vem uma carrinha preta a descer a rua e avista-se uma mão de fora a acenar, quando a carrinha vira a esquina, repare que o guitarrista da banda está a acenar para nós. Foi o grande momento da tarde, foi muito engraçado, não estava nada à espera.
Por volta das 19h. fomos ao McDonald's do Rossio para jantarmos mas tinha uma filha enorme até à porta. Mas começámos a ouvir o pessoal a dizer que o do Chiado estava acessível, aí fomos nós para o Chiado. Realmente estava menos cheio que o do Rossio, mas ainda estivemos uns 20/30 minutos à espera da comida.
Quando já estávamos servidos, reparei que faltavam 10 minutos para a abertura das portas (20h), começámos a acelerar o passo, Chiado abaixo, a comer que nem uns animais. Chegámos à fila e já estávamos a 10 metros da porta, quando esta abriu e o pessoal caminhou para dentro do Coliseu como uma manada dos animais, felizmente, perto das escadas estava um funcionário a indicar para nos agruparmos em pares, só ao subirmos as escadas e ao passar das portas é que nos validavam os bilhetes e podíamos correr até ao recinto. Quando chegámos lá, nem eu nem a Nevada acreditávamos que estávamos a 5/6 metros do palco. Rapidamente o Coliseu encheu, dando razão ao estado de esgotado dos bilhetes. Eram 21h, o concerto começou com a banda introdutória que tocava uma daquelas músicas todas cheias de barulhos esquisitos (não sou fã), mas pronto dava pra abanar o esqueleto um pouco, embora o espaço para nos mexermos já fosse pouco e o calor começasse a sentir-se.
É então que às 22h a banda sobe ao palco e o público grita com o delírio.
Todo o tempo de espera, todo o cansaço, todos os empurrões, todo o calor, os gritos histéricos, tudo valeu a pena por um concerto espetacular. Eles são extremamente simpáticos, adoraram Portugal e os fãs portugueses, são inspiradores e acho que deliraram com os portugueses a gritarem em alto e bom som as letras das suas músicas. Houve um momento em que o Dan (vocalista) cantou uma música em honra de um fã que morreu de cancro e todo o Coliseu acenava com isqueiros ou telemóveis e no final todos gritámos pelo nome do fã. TYLER! TYLER! Foi um momento comovente que até fez com que os olhos do Dan brilhassem. Mas como todas as coisas boas na vida, o concerto chegou ao fim, com a promessa que voltariam a Portugal. Saí do Coliseu com as pernas a doerem, com a garganta a doer-me e a suar que nem um cavalo, mas valeu imenso a pena, saí de lá com a alma cheia e vibrante.

Aconselho-vos a ouvirem todo o álbum deles, Night Visions, tem letras impressionantes, que me fazem pensar e refletir sobre muita coisa, gosto particularmente da Demons, música que já utilizei no trailer d'As Faces da Mentira.

Deixo-vos com a música da Vodafone, a música que os Imagine Dragons dedicaram a Portugal (eles são bué queridos!)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

segunda-feira, 6 de maio de 2013

domingo, 5 de maio de 2013

AWKWARD


Estava eu muito bem a vadiar no Facebook, quando de repente o Tuga mete conversa comigo a perguntar se estava tudo bem, como ia a vida e isso. Ele diz-me que estava em casa a curtir e a relaxar, e de repente manda-me um pedido de chamada de vídeo. Eu recusei (sou tão tímido), e disse-lhe que não me dava jeito, ele respondeu-me que era na boa e depois começámos a falar acerca de uma rapariga que ele estava interessado. Não estava à espera disto, já desde 26 de março que não nos falamos e não nos vemos desde os meus anos. O mais estranho e que eu estava a pensar nele, já ontem estava a pensar em um casal amigo meu e de repente eles chamam-me do nada. 
Devo ser psychic, ou algo do género.

Digam lá que já tinham saudades do Tuga ^^

PS: Sem falar do facto de que quando ele me enviou o pedido de chamada eu comecei logo a pensar em coisas. ^^

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Memories of the Old Times

Porque os Antigos é que sabiam dar valor ao amor e não ao objeto desse amor. (e porque eu gosto de homens com cabelo comprido também :D)

Aquiles e Pátroclo/Alexander, o Grande e Heféstion

PS: Sim, o Jared Leto interpretou o Heféstion, tão hot

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Thoughts


Existem casais tão hot que até dão vontade de ter threesomes com eles.
(devaneios de solteiro?)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Greek Gods


Já o comprei e já o comecei a ler.
Adoro-o, adoro como a educação e a amizade/companheirismo masculino era abordada pelos gregos e adoro a relação entre o Pátroclo e o Aquiles, mesmo ainda sendo crianças, são tão fofinhos *o*
Definitivamente nasci na época errada, a Época Clássica era tão gloriosa.
Recomendo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Capítulo Quatro: A Revolta


“Só me apercebi do que estava a fazer quando ouvi o som do meu dedo e do nariz dele a estalar.” 


Não lhe falei o resto do fim-de-semana e quando segunda-feira chegou, a situação repetiu-se, estava farto das indecisões dele. 
- Então, como foi o resto da noite de sexta? – perguntei a Filipa enquanto nos dirigíamos aos laboratórios de Química. 
- Er… Foi bom, foi bom… - o seu tom de voz era apreensivo. 
- Que se passou? Alguma coisa com o Luís? 
- Não! Tá tudo bem… Ei, Cláudia! – esta passava por nós quando Filipa a interpelou. - Trouxeste aquilo que te pedi? 
- Sim, claro que trouxe! – respondeu a Cláudia até reparar em mim. – Oh, olá Lipe! 
E desapareceram as duas no sentido contrário. Algo se estava a passar e eu não estava a perceber nada, ainda por cima pareciam-me nervosas.

- Ouvi dizer que passaste a noite em casa do Rafa… - perguntou a Raquel enquanto vestíamos a bata para começarmos a experiência. 
Contei-lhe tudo o que se tinha passado, detalhadamente enquanto misturávamos os reagentes no copo de precipitação. 
- Ele é mesmo muito parvo. Parece que tá a brincar com os teus sentimentos. Desculpa do que te vou dizer, mas se ele joga assim contigo, não te merece. Tu esforças-te imenso por ele e ele não reconhece isso. 
- Bem, passaste de advogada de defesa para de acusação? 
- Não, Lipe. Apenas sei ver quando as pessoas já estão a abusar. E o Rafael não se decide e acaba por te magoar. 
- Eu sei disso. Estou farto de o testar e ele continua na mesma, depois quem fica na merda sou eu. Isto tem de mudar. 
- Pois tem. – disse enquanto colocava o copo de precipitação em cima da placa térmica. – Já sei! Tu, eu e a Alex vamos sair esta tarde, vamos ao cinema, pode ser que encontremos um gajo giro para ti. Tu precisas é de encontrar alguém que te faça esquecer o Rafael, alguém que te motive, que te ponha feliz. Alguém que te faça seguir em frente. 
- Concordo. No próximo intervalo falamos com a Alexandra, de certeza que alinha. Se não encontrarmos nenhum gajo de jeito, ao menos estamos os três juntos e divertimo-nos. 
- Eu se fosse a vocês continuava a conversa lá fora porque eu tenho uma aula para dar e esta sublimação tem de acontecer ainda hoje. – disse a professora de Química que se tinha aproximado de nós de sobrancelhas arqueadas, ao aumentar a temperatura da placa. 
Como combinado falámos com a Alexandra no intervalo a seguir à aula e ela concordou, entusiasmada. 
- Mas não se esqueçam que eu tenho namorado. 
- Claro Alex, ninguém vai mandar o teu Tomás à fava. Só tens de nos ajudar a encontrar um gajo bom para o Filipe. Tens namorado mas não és cega, 
- Ok, então encontramo-nos depois das aulas na saída. 
E assim foi, à hora da saída fui com a Raquel ter com a Alexandra e partimos para o centro comercial onde, antes de irmos ao cinema, comemos um belo hambúrguer recheado de calorias e ketchup
Dos filmes em cartaz escolhemos o Lua Nova, embora haja uma escassa probabilidade de encontrar rapazes giros (e até não giros) neste filme. Valha-nos que os atores são jeitosos. 
Depois de suspirarmos pelo corpo bem definido e quente do lobo apaixonado pela presa do sanguessuga, decidimos dar uma volta à beira Tejo para ver as vistas e inspirar um pouco do cheiro de Lisboa e do rio. 
- Sabem? Foi bom combinarmos esta saída, estou farto de estar preso ao Rafael e de só pensar nele e acabo por ignorar as pessoas que realmente me amam. – disse, sorrindo, ao passar com os dedos na barreira de ferro que nos separava da água. Por vezes era salpicado pelas gotas de água que saltavam quando a onda batia fortemente na rocha. Estava frio e o mar inquieto premeditava uma chuva iminente. 
Ambas sorriram e deram-me um abraço apertado. 
- Aconteça o que acontecer, vamos estar sempre aqui ao teu lado, Filipe. – proferiu a Alexandra contra o meu ombro. 
- Somos as tuas melhores amigas. E sabemos que farias o mesmo por nós. – disse Raquel. 
Recolhemo-nos no banco mais próximo, afastando-nos de um par de namorados que se estava literalmente a comer em plena via pública e ainda tinham a ousadia de nos lançarem uns olhares reprovadores. Encostámo-nos, sentindo a leve, mas fria, brisa do outono recém-chegado e foi então que reparei no rapaz que estava sentado a poucos metros de nós. Era moreno, tinha o cabelo curto e castanho, os seus olhos eram verdes a combinar com a camisa axadrezada e os ténis, igualmente dessa cor, para contrastar com as calças de ganga que vestia. Estava relaxado, a aproveitar a brisa e a calma para ler um livro, embalado pelas ondas do rio inquieto. 
- Ele é bué giro, Filipe. – disse Alexandra ao acompanhar o meu olhar e reparar no rapaz desconhecido. 
- Vai lá e pede-lhe o número! Ou o e-mail, ou o Facebook, qualquer coisa! – incentivou a Raquel. 
- Tás parva? O rapaz deve ser heterossexual. 
E foi então que reparei na capa colorida do livro que ele lia com tanta atenção. Reconhecia-a: Ilha Teresa, de Richard Zimler. 
Mas porque raio estaria um rapaz heterossexual a ler um livro sobre uma rapariga portuguesa com tendências suicidas, que se tinha mudado para os EUA, e o seu amigo homossexual brasileiro? 
Foi nesse momento que ele cruza o olhar com o meu e vejo aquele bonito verde brilhante a piscar na pupila. Desvio o olhar, mas não resisto ao jogo de olhares e volto a focá-lo e ele reencontra-se comigo. O rapaz sorri, fecha o livro e levanta-se. 
É então que ele caminha na minha direção e fico aterrado de embaraço. 
- Já leste? – perguntou-me numa voz máscula mas doce, segurando o livro nas mãos. 
- Er… Eu, eu já. – o meu gaguejar, causado pelo meu nervosismo, só tornava a situação ainda mais caricata. 
- Que achaste? – aqueles olhos verdes perfuravam-me a alma, fazendo-me esquecer como se respirava. 
- Bom… Muito bom, gostei imenso. – sorri. 
Ele sorri também e tira um papel do bolso e uma caneta. Rasga um bocado de papel e escreve qualquer coisa no verso. 
- Toma. – diz, entregando-me o papel com um número escrito. – Telefona-me para partilharmos opiniões sobre o livro. 
Pisca-me o olho e segue em direção ao centro comercial. 
- Beeem… Estamos a fazer progressos, senhor engatatão! 
- Também tenho que começar a ler livros desses. – exclama a Raquel, rindo. 
- Que olhos, que pele, que voz… Que rabo! – é tudo o que consigo exclamar ao vê-lo a afastar-se ao longe. 
A viagem de autocarro de regresso a casa foi dominada pelas nossas gargalhadas provocadas pelo engate do rapaz de olhos verdejantes. 

- Então que acharam do filme? – perguntou a Cláudia ao juntarmo-nos à Alexandra, no intervalo de Matemática. 
- Muito fixe, os lobos estavam muito bem-feitos. 
- É bué lindo não é? E aquele Taylor Lautner é tão hot, por Deus! 
- É, tenho de confessar que o fazia ganir. 
- Que porco, Filipe! – exclamou Raquel ao juntar-se a nós. – Então e o rapazinho de ontem? 
- Imagina tu que o verso do papel era um talão de supermercado. Parecia que o rapaz tinha falta de preservativos XXL. 
- Ao menos era dotado. – disse Alexandra. 
- Sim, já toda a gente sabe que gostas deles dotados, Alex. – disse, a olhar para o Tomás que vinha na sua direção para lhe dar um grande beijo, não antes de ela me dar uma cotovelada. 
- Deixa lá, há mais gajos por aí. – disse Raquel, confortando-me. 
- Sim, porque para fuck buddy basta-me a minha amiga Mão
- Isso foi nojento Filipe! – diz Filipa num tom de repulsa. 
- Ei, Filipa! – Rafael aproximava-se de nós. – Importaste de dizer ao maricas do teu amigo para se deixar de paneleirices e fazer o trabalho de Filosofia comigo? É que caso ele não se lembre, somo um par e eu não quero ter negativa à pala dele! 
Só me apercebi do que estava a fazer quando ouvi o som do meu dedo e do nariz dele a estalar. 

PS: Desculpem lá a demora, mas estou, em bom português, a fazer render o peixe. Já agora quem tiver curiosidade acerca do livro falado, pode clicar aqui. Aconselho-o é um livro muito bom, adoro os livros do autor.
O rapaz da foto é aquele que eu imagino como sendo o rapaz que abordou o Filipe.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

sexta-feira, 5 de abril de 2013

oin



Numa entrevista com a Out Magazine, uma revista LGBT, perguntaram a Daniel Radcliffe sobre o seu novo filme Kill Your Darlings no qual Daniel interpreta uma personagem gay.
“Eu nunca vi perguntarem a um ator gay, como é interpretar um heterossexual — no meu ponto de vista não há diferenças em como os homossexuais e os heterossexuais se apaixonam.”

Tão querido. And I suddendly fall in love with him. He's getting cute, isn't he?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Brevemente

Capítulo Quatro: A revolta
“Só me apercebi do que estava a fazer quando ouvi o som do meu dedo e do nariz dele a estalar.”

10/04/13

sexta-feira, 29 de março de 2013

Capítulo Três: A festa



“Sentir o calor da sua boca e a sua língua a enrolar-se na minha era fantástico e indescritível. Este devia ter sido o nosso primeiro beijo.” 


Se o olhar matasse, o Rafael já estava morto. O seu à-vontade e descontração estavam a irritar-me, era como se não nos tivéssemos quase beijado. Ele reagiu como se nada tivesse acontecido. O meu olhar fuzilante trespassava-o cada vez que o via e ele fazia-se de desentendido. Estava quase a passar-me. 
- Lipe? – a voz de Filipa interrompeu a minha reflexão sobre maneiras de torturar o Rafael. 
- Sim, diz. 
- Era só para te relembrar que a minha festa é esta sexta, no Éden. Vais, não vais? 
- Sim, sim, claro… 
- Estás bem? Não me digas que ainda estás assim por causa do teu quase-beijo com o Rafael. 
- É que foi mesmo quase! Estou irritado pela maneira como ele está a lidar com isto, indiferente… 
- Tens a certeza que isso aconteceu mesmo? Não terás sonhado? 
- Não! Sei perfeitamente que foi real! 
- Ok, ok, desculpa. Mas olha não há nada que uma bela garrafa de Putinoff não resolva. – disse, dando-me uma palmada no omoplata. - E sexta está já ai. 
O toque soou mas eu continuei a falar com a Filipa, num canto ao pé dos cacifos, até que o Rafael nos interrompe. 
- Então vamos para a nossa aulinha de Biologia? 
- Não sei, talvez. Estou um pouco indeciso!- acentuei bruscamente a última palavra e saí em passo rápido em direção à sala de aula. 
- Ei mano, o que é que eu te fiz para me falares assim? – disse ele, ao sentar-se no lugar da Raquel ao meu lado. 
- Nada, Rafa, nada! 
- Então porque me falas assim? 
- Olha, esquece, ok? 
A Raquel chegou e ficou a olhar para nós os dois, confusa. Foi então que ele se levantou e dirigiu-se para o seu lugar, deixando a cadeira livre para ela. 
- Problemas? – perguntou ela, preocupada 
- Foi por causa daquilo que eu te disse ontem. Ele está indiferente. 
- Ele agora parece-me bastante abatido. – disse ao olhar para ele. Tinha a cabeça pousada na mochila sobre a mesa, com um ar pensativo. 
- Por mim, pode morrer com um pau enfiado no cu, já que ele, secretamente, gosta! 
- Sabes bem que não queres dizer isso. Ele só está entalado no armário e necessita de ti para o tirares de lá. 
- Bem pode continuar lá entalado! – terminei a conversa, tomando atenção na apresentação projetada no quadro sobre as Teorias da Evolução. 
Sexta-feira tinha chegado incrivelmente depressa. Eram 18 horas e ainda estava a começar a preparar-me. Tomei um duche rápido, fiz a barba, vesti uma roupa confortável e adequada para a noite: umas calças skinny e uma t-shirt. Penteei-me e quando eram 19 horas já estava à porta do meu prédio à espera da Filipa e dos seus pais que me iriam dar boleia. 
Rapidamente chegámos ao ponto de encontro e juntamo-nos ao resto do grupo. Seguimos para a pizzaria onde seria o jantar. 
Depois de nos deliciarmos com as maravilhas da cozinha italiana, entregámos os presentes à Filipa (ela adorou os brincos que lhe dei) e dirigimo-nos ao bar onde iriamos passar o resto da noite, o Éden. Era um bar simpático, tinha música, bebida e bom ambiente, era o que nós precisávamos. 
Quando dei por mim já estava sentado ao balcão do bar a beber o quinto copo de vodka com sumo de laranja. A animação que tinha ganho no jantar começava a desvanecer-se. 
- Então panisgas, já a beber? – brincou o Lucas, sentando-se num banco ao lado do meu. 
- A afogar as mágoas… 
- Oh, deixa-te dessas merdas e anda dançar comigo. 
- Depois eu é que sou panisgas… - disse enquanto o Lucas me puxava pelo braço para a pista de dança, a rir-se. 
Dancei com o Lucas, com a Filipa, com a Bianca, com a Raquel, com a Alex e com a Cláudia. A dança estava-me a fazer bem, sentia-me mais animado. 
Foi então que vi o Rafael sentado numa mesa acompanhado de uns sete copos vazios. O álcool que tinha no sangue ajudou-me na decisão de ir ter com ele. 
- Então, Rafa, que tens? Devias estar ali a animar a festa. 
Ele continuou a olhar para o copo vazio. 
- Desculpa se tenho sido um aziado contigo esta semana. – as palavras saiam-me tão fluidamente que nem tinha tempo de as pensar. 
Ele tirou o olhar do copo e focou-o em mim. 
- A Liliana deixou-me. Acabámos. 
- Tu e a Liliana acabaram?! – tentei manter um tom surpreendido, mas na verdade não estava, ela era uma porca. 
- Sim, trocou-me por outro. Disse-me que eu nunca lhe dava atenção e que não a merecia. - disse num tom pesaroso. 
- Queres ir dar uma volta lá fora para apanhar ar? 
Ele acenou com a cabeça e seguiu-me até ao exterior do bar. Achámos um banco um pouco afastado e sentámo-nos. Havia uma brisa fresca e não estava ninguém na rua à exceção de nós os dois. 
De repente, o Rafael abraça-me e começa a chorar no meu ombro. 
- Eu gostava mesmo dela, Filipe, gostava mesmo. – disse entre soluções e lágrimas. 
- Eu sei, eu sei… - meio reticente, chocado e culpado, lá o abracei e confortei. 
É então que ele levanta a cabeça e olha-me nos olhos. Ver aqueles olhos cor de avelã olharem assim para mim fez com que toda aquela raiva desaparecesse sendo substituída por borboletas no estômago. 
Foi nesse momento que senti os seus lábios tocarem os meus. Este sim era um beijo verdadeiro, real, completo. 
Ele abriu um pouco mais a sua boca e eu deixei-me levar, fazendo com que as nossas bocas se encaixassem perfeitamente. Sentir o calor da sua boca e a sua língua a enrolar-se na minha era fantástico e indescritível. 
Ele afasta-se e olha para a minha cara de surpresa e ao mesmo tempo de felicidade. 
- Acho que estou tão bêbado que não consigo ir para casa sozinho, levas-me? 
O sentimento de culpa voltara a apoderar-se de mim. 
- Não sei se posso...
- Oh vá lá! Se quiseres podes até dormir lá. 
A ver o seu estado com mais atenção lá concordei e chamei um táxi, dando-lhe a morada que tinha conseguido arrancar do Rafael entre risos e parvoíces. 
Chegados a casa dele, despi-o e pu-lo na banheira, dando-lhe um banho de água fria com bastante dificuldade devido à sua resistência e queixumes, Tu queres é ver-me a pilinha, seu malandro! 
Sequei-o e deitei-o na cama, completamente nu. 
Tirei a minha t-shirt e as calças sujas pelo vomitado que não aguentou até casa e deitei-me numa cama improvisada de cobertores e mantas que tinha encontrado no armário dele. 
Apenas de boxers vestidos comecei a ter frio, mesmo com as mantas a cobrirem-me, e a minha respiração começou a ficar mais ofegante. 
- Se quiseres podes vir deitar-te aqui comigo, assim aquecemos os dois. – disse ele na cama ao meu lado. 
Um pouco hesitante e ainda com o pulsar do sentimento de culpa, deitei-me na cama dele a seu lado. 
Ele rapidamente se aconchega ao meu lado acabando por dizer, antes de adormecer: 
- Gosto muito de ti, Filipe. 
Devido ao cansaço e às emoções fortes também acabei por adormecer, ignorando o facto de sentir as suas partes a roçarem na minha perna e ter algo mais que culpa a pulsar dentro dos meus boxers. 

Quando acordei o Rafael estava de costas para mim e aproveitei para me levantar, tomei banho, vesti umas roupas emprestadas e comecei a preparar o pequeno-almoço. 
- Bom dia. – exclama Rafael à porta da cozinha já com uns boxers vestidos e um ar ensonado, surpreendendo-me. 
Vou na sua direção com um ar radiante mas é então que reparo na sua expressão confusa e paro. 
- Lembraste de alguma coisa de ontem à noite? 
- Hum, não, acho que estava demasiado bêbado. – disse, coçando a cabeça. 
- Pois também me parece, porque estiveste a chorar ao meu ombro, beijaste-me e ainda dormimos juntos. – disse sem dó nem piedade, ignorando a sua cara de choque. 
- Uou… Tenho mesmo de ter cuidado com a bebida. Mas espera aí… como assim dormimos juntos?! 
- Tá descansado, só dormimos. Mas se fosse a ti tinha cuidado, ainda és enrabado. – voltei para o fogão, descarregando a minha raiva nos ovos mexidos.




PS: Desculpem o atraso!

segunda-feira, 25 de março de 2013

A Química da Morte

"Simon Beckett é um autor que rapidamente mobilizou a atenção de um público internacional com este seu primeiro thriller protagonizado por um especialista em antropologia forense. Após a perda da mulher e da filha de seis anos, David Hunter escolhe refugiar-se numa aldeia isolada de Norfolk, a tratar dos vivos, tentando esquecer a sua tragédia pessoal. Mas, mesmo aí, o destino obriga-o a lidar com aquilo de que ele pretende fugir... A Química da Morte foi finalista do mais importante prémio deste género literário, o Duncan Lawrie Dagger Award de 2006.
Ao fim de trinta segundos, a sua pele começa a arrepiar-se.
Ao fim de um minuto, o bater do seu coração ter-se-á tornado audível.
Ao virar a última página, dará graças por se tratar de uma obra de ficção."
"Um corpo humano inicia a sua decomposição quatro minutos após a morte. O corpo, outrora invólucro da vida, sofre então as duas derradeiras metamorfoses. Começa a digerir-se. As células dissolvem-se de dentro para fora. Os tecidos liquefazem-se, primeiro, e gaseificam-se, depois. Já sem estar animado, o corpo torna-se banquete imóvel para outros organismos. Primeiro as bactérias, depois os insetos. As moscas. Os ovos são depositados e depois eclodem. As larvas alimentam-se do rico caldo de nutrientes; em seguida, migram. Abandonam o corpo de um modo ordeiro, umas atrás das outras numa procissão que se dirige sempre para sul, sudeste ou sudoeste, por vezes, mas nunca para norte.
Nesta fase, a proteína muscular do corpo já sucumbiu, produzindo uma potente fermentação química. Letal para a vegetação, aniquila a erva à medida que as larvas percorrem rastejando e formando um cordão umbilical de morte, que se estende de retorno à sua origem. Nas condições perfeitas - de secura e calor, sem chuva - pode estender-se por vários metros, numa vacilante fila dançante castanha, de vermes amarelos e viscosos. É uma visão curiosa, e que pode haver de mais natural para os curiosos do que seguir este fenómeno até à sua origem?"

Este excerto podia ser o início de um livro de Patologia Forense, mas na verdade são os dois primeiros parágrafos deste belo livro. Podem-no chamar de nojento, mas para mim é um belo livro. Thriller e adrenalina percorrem-nos as veias enquanto o folheamos. Nunca sabemos o que há a descobrir na próxima página.
Gostei muito deste livro pelo tema policial forense, pelas descrições explícitas e maioritariamente pelos temas da Antropologia Forense que são constantemente abordados e explicados.

Obrigado Dr. Hunter por me dar mais certezas acerca do futuro que quero seguir.

Uma Morte Súbita


"Uma Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J. K. Rowling. Acolhido com enorme expectativa, este surpreendente romance sobre uma pequena comunidade inglesa aparentemente tranquila, Pagford, começa quando Barry Fairbrother, membro da Associação Comunitária, morre aos quarenta e poucos anos. A pequena cidade fica em estado de choque e aquele lugar vazio torna-se o catalisador da guerra mais complexa que alguma vez ali se viveu. No final, quem sairá vencedor desta luta travada com tanto ardor, duplicidade e revelações inesperadas?"


Esqueçam o Harry Potter. Uma Morte Súbita é um romance sobre a vida real, sobre coisas reais, sem fantasias, ou paninhos quentes. É a verdade nua e crua da sociedade atual. São os pais contra os filhos, os filhos contra os professores, meio mundo contra outro meio mundo. Tudo isto na pequena cidade britânica de Pagford. Temos temas como a adolescência, as drogas, o preconceito, a pedofilia, a toxicodependência, inveja, amor, política e tantas outras coisas.


Tem momentos para rir, outros para chorar. A mim fascinaram-me as personagens adolescentes por me encontrar na mesma faixa etária e as situações serem-me familiares. A autora prende-nos a uma narrativa rica em personagens complexas que nos vais apresentando ao longo da história, não há personagem principal.

Este livro comprova, o já irrefutável lema, que as aparências iludem

É um dos livros que me vão ficar marcados para sempre, aconselho vivamente a sua leitura.

sábado, 23 de março de 2013

Pobre Urso


Adoro o jogo de sombras ^^ Alguém já o experimentou? O perfume, claro. :D

Ménage


Uma threesome com estes dois era um perfeito sonho. Comigo no meio claro. :D
(Não me interessa que ela tenha enfeitado a testa do outro.)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Owww, so cute

Nem a realeza escapou. Mas como diz o ditado, "não custa tentar", não é verdade?
E foi nessa pegada que apostou um fã do príncipe Harry ao encontrá-lo na balada.
Vinenco Ianiello deu seu telefone ao irmão de William na noite da última sexta-feira depois de vê-lo no The Kitchen Rum, em Notting Hill, na capital inglesa.
E segundo o rapaz, que obviamente é gay, disse à mídia britânica, Harry teria sido muito gentil à abordagem e levou com bom humor a cantada do moço.

"Te ligo se mudar de ideia sobre as mulheres. Ou os homens", disse o príncipe a Ianiello. Não é muita fofura?

Harry estava acompanhado da namorada Cressida Bonas na ocasião.
O terceiro na linha de sucessão ao trono de Elizabeth II tem 28 anos e é desejado por mulheres e gays no mundo todo.
Militar, bonito e com "bons atributos" já revelados em fotos, Harry é um dos sexy simbols da comunidade LGBT e ganhou ainda mais pontos com ela depois dessa.

Hey, Prince Harry, this is crazy, but, here is my number. Call me, maybe!

- Oin, tão querido *-* Cada vez adoro mais o UK.


PS: Perdoem lá o Português do Brasil, mas a notícia é brasileira

quarta-feira, 20 de março de 2013

É já na próxima semana

Capítulo Três: A festa

“Sentir o calor da sua boca e a sua língua a enrolar-se na minha era fantástico e indescritível. Este devia ter sido o nosso primeiro beijo.”

27/03/13

Dia do Pai

Pai. Uma palavra que nunca teve significado para mim. Para mim, Pai é Mãe. O meu progenitor abandonou-me a mim e à minha mãe quando eu nasci, não estava preparado para assumir as coisas. Mais tarde teve mulher e neste momento tenho uma meia-irmã com uma diferença de cerca de três anos, a qual nunca vi, nem ela deve saber da minha existência. Só para terem uma ideia, o meu progenitor já passou por todos os estados civis. 
É difícil quando passamos por uma pessoa que sabemos que é nosso pai, mas não sentimos isso.
Se me sinto infeliz? Não. Tive a minha mãe que sempre me apoiou e me tornou na pessoa que sou hoje. Não me fez falta um pai, tive tudo a que tinha direito. Talvez tivesse falta de uma figura masculina, mas who cares, já é tarde demais para isso.
A única coisa boa é que tenho a certeza que serei um excelente pai, aquele que nunca tive.



Feliz Dia do Pai :D

PS: Nada de deprês, por amor de Deus xD

quinta-feira, 14 de março de 2013

Capítulo Dois: Na casa dele


“As nossas cabeças iam-se aproximando enquanto os nossos olhos se hipnotizavam e os nossos lábios se humedeciam”


A aula de Filosofia passou rapidamente e não voltei a concentrar-me por causa do Rafael, estava sempre a fazer perguntas e a falar comigo. Gostava da atenção que ele me dava, é verdade, mas por vezes conseguia ser muito chato.
Desci as escadas em direção à sala comum. Nos intervalos, os alunos agrupavam-se todos ali, africanos, caucasianos, asiáticos… A minha escola é um bom exemplo de multiculturalismo. Dirigi-me ao meu cacifo e retirei a sacola de Educação Física que tinha deixado ali de manhã.
- Vais fazer física? – Rafael surgiu por detrás de mim.
- Não te parece que sim? – mostrei-lhe a sacola.
- Pois. Vamos indo?
- Estou à espera da Raquel, ela foi à casa-de-banho.
- Ela depois vai lá ter. Anda lá!
- Não, Rafael! Prometi-lhe que esperava. – insisti.
- Como queiras, até já! – pegou na mochila dele e desapareceu no meio da multidão.
Boa. Não me faltava mais nada. Odiava quando ele fazia aquilo, simplesmente amuava comigo quando não lhe fazia as vontades, era uma autêntica criança.
- Filipe, estás bem? – Raquel tinha voltado. – Estás com uma cara esquisita..
- É a minha cara, não tenho outra! – comecei a caminhar em direção aos balneários.
- Ei, calma, eu não te fiz nada! O que é que se passou? – disse ela, acompanhando o meu passo.
- Estou farto do Rafael, estou farto de babar-me por ele quando ele não me merece. Aliás, ele nem é gay ou bi! Estou a gastar a minha alma nisto. Tenho de desistir.
- Sabes bem que o amas e o quão difícil é para ti fazer isso. E depois, nem sabemos se ele é mesmo heterossexual. Eu cá não…
- Nem te atrevas a alimentar os meus sonhos! – cuspi, passando a porta da saída do pavilhão.
- Mas o que é que ele te fez? – perguntou ela preocupada, ignorando completamente o meu resmungo.
- Tipo, ele pediu-me p’ra ir com ele para baixo, mas eu estava á tua espera. Ele amuou.
- Que criança…
- Exactamente!
- Bem, esquece lá isso. Vá até já. – despediu-se, abrindo a porta do balneário feminino.
- Até já. – O que eu gosto mais na Raquel é a capacidade de ouvir as minhas lamúrias, ouvia-me e ouvia-me sem se queixar. A Alex também tinha essa capacidade, e eu retribuo sempre, se não estiver de mau humor.
Abri a porta do balneário e entrei, ainda tinha alguns alunos da turma anterior a saírem dos chuveiros e a vestirem-se. A maioria dos meus colegas já estava pronta. Pousei a sacola e comecei-me a despir. À medida que me despia fui lançando olhares aos rapazes da outra turma. Eram todos bem constituídos, musculados, definidos, com uns rabos lindos, arredondados. Sim, além de ser bissexual, tenho uma panca por cus. É um dos meus defeitos, gosto de rabos, daqueles redondinhos e arrebitados.
Enquanto estava a reparar naquele quadro de deuses gregos à minha frente, reparei que além de mim também o Rafael estava a olhar para eles. Não a olhar, mas a olhar. Quando os nossos olhares se cruzaram, ele desviou o olhar e terminou de calçar-se, levantando-se logo depois, indo na minha direcção. Continuei a despir-me, pegando nos calções para os vestir quando sinto uma palmada no rabo, viro-me e vejo o Rafa a sorrir para mim.
- Despacha-te lá chavalo, já está tudo lá fora. Ou queres ficar aqui a ver os rapazinhos, seu porco? – sussurrou a última frase e piscou-me o olho, indo-se embora.
Terminei de me vestir e quando olhei para os da outra turma, estavam todos a olhar para mim. Saí imediatamente do balneário.
Na aula de Educação Física a stôra decidiu pôr-nos a treinar voleibol, um desporto que eu odeio, não tenho coordenação alguma e depois as piadas dos outros dão-me cabo do sistema nervoso. O relógio parecia que não andava, ainda por cima já tinha os braços todos doridos.
Finamente a tortura tinha terminado e voltámos aos balneários. Despi-me rapidamente, enquanto o Luís ligava os chuveiros para a água aquecer. Peguei no champô e corri para os chuveiros. O chuveiro não é privado, portanto, entre esfregadelas ainda deitava um olho aos meus colegas. Lucas é um rapaz giro, de olhos verdes, cabelo castanho claro, musculado com um rabo esculpido por Eros. Ao lado dele estava o Luís que era magro, mas tinha um corpo mesmo assim definido, os cabelos negros combinavam com a sua pele morena, dando-lhe um ar exótico. Para terminar, tinha também um rabo bem redondo que me fazia babar, literalmente. Depois, à minha frente tinha o Rafael, que esfregava o cabelo, fazendo cair a espuma que, com a água, lhe escorria pelo corpo abaixo. Não era propriamente lindo, mas eu gostava dele, tinha um bom corpo, todo depilado. O rabo dele não era muito redondo, mas mesmo assim tinha vontade de o… de o… bem, de o possuir.
A voz de Lucas interrompeu-me o pensamento:
- Tu não jogas mesmo nada. És um coxo.
- Um coxo! – repetiu Luís.
- É assim eu não gosto daquilo, não tenho jeito para aquilo, ponto final.
- Mas aquilo não tem nada de especial! É só lançares a bola! – insistiu Lucas.
- Eu-Não-Gosto! Entendeste? – virei-me para enxaguar a cabeça.
- És um caso perdido…
- És um coxo! – disse Luís roubando-me um bocado do shampoo.
- Ei! – agarrei-lhe a mão, mas nesse preciso momento Lucas ligou a água fria e apontou o chuveiro na minha direção.
- AH! Puta! – gritei para ele, atirando-lhe com o frasco de shampoo, assim que senti o frio na espinha.
O duche terminou connosco a mandar água gelada uns aos outros e a rir.
Estava-me a acabar de vestir quando o Rafael veio ter comigo, meio cabisbaixo.
- Vens? – os seus olhos castanhos estavam duros e frios como a água do chuveiro.
- Ya. ‘Bora. – peguei na sacola enquanto o seguia em direção à sala.
- Olha… Queres vir a minha casa esta tarde? Tenho um jogo novo para te mostrar. – notava-se um tom de agitação na sua voz.
- Claro. – nem hesitei. Tinha que combinar a saída com a Raquel e a Alex para outro dia, elas iriam compreender, certamente.
-  Fixe. – o chocolate dos seus olhos derreteu-se e por fim sorriu.
O seu pedido surpreendeu-me, já mo tinha prometido antes, mas nunca pensei que me ia realmente convidar.
A aula de Biologia correu rapidamente, estivemos a corrigir uma ficha sobre Darwin e aproveitei para falar sobre a saída da tarde à Raquel e ela, disse que não se importava, ainda um pouco reticente. Quando dei por isso já estava a dar o toque de saída, arrumei as coisas rapidamente quando sinto a mão do Rafael no meu ombro.
- Vamos? – os seus olhos piscavam de alegria, parecia uma criança a abrir os presentes no Natal.
- Espera, deixa-me só despedir do pessoal. – dei um beijo à Raquel e ela piscou-me o olho, encorajando-me. Acenei aos outros e segui em direcção aos cacifos. Troquei alguns livros e peguei na sacola de Educação Física.
- Estás com o fogo no cu, Rafa. – disse eu, apressando-me para o acompanhar na passada.
- É para poupar tempo… - disse ele quase a correr.
- Tempo para quê?
- Tipo não quero desperdiçar tempo, senão não podemos fazer nada.
Fiquei a imaginar o que é que ele queria fazer comigo, no trajeto que fazíamos no autocarro para casa dele. A viagem demorou relativamente pouco tempo.
Saímos do autocarro e subimos a rua em direção a um prédio de três andares numa esquina entre um café e uma mercearia. Ele abriu a porta do prédio e deu-me passagem. Subimos os três lances de escadas e ele abriu a porta de madeira rodando a chave três vezes.
A entrada era um grande corredor que dava acesso às quatro divisões da casa. Ele deixou-me entrar e indicou-me amavelmente o quarto dos pais, a sala, a cozinha (que dava acesso à casa-de-banho) e finalmente o quarto dele. Era um quarto apertado, mas confortável, tinha o armário à entrada, ao lado da cama que estava encostada à parede. No canto estava uma estante cheia de CDs, DVDs e jogos. Ao lado da estante estava a secretária com o portátil em cima.
- Quarto fixe… - disse eu, olhando em volta.
- Obrigado. – fez um sorriso tímido que combinou com o seu tom de voz que para mim era estranho, nunca o tive visto assim tão tímido. – Vamos almoçar?
- Não sabia que íamos almoçar em tua casa.
- Pensavas que íamos almoçar onde? Na casa do vizinho? Anda lá! – caminhou em direção à cozinha e eu segui-o.
Abriu a porta do frigorífico e mostrou-me o conteúdo. Ambos concordámos em comer umas sandes de hambúrguer semelhantes às do McDonald’s, mas daquelas que se compram nas pequenas superfícies comerciais. Ele começou a preparar tudo e pediu-me para por a mesa enquanto aquecia as sandes. Assim o fiz. Parecia que morávamos juntos, parecíamos irmãos (isto pra não dizer amantes), a sensação era muito boa.
Quando ele finalmente trouxe os pratos para a mesa pudemos comer enquanto riamos com os Simpsons que estavam a dar na Fox. Terminámos de comer e arrumámos tudo, ele pôs a loiça no lavatório e eu levantei a mesa.
Depois de tudo arrumado fomos então para o quarto dele. Ligou o portátil e foi buscar uma cadeira para eu me sentar ao seu lado.
Estar assim tão perto dele, com as nossas pernas a tocarem-se dava-me arrepios na espinha e ainda mais pelo facto de ele falar comigo com as nossas caras tão perto uma da outra. 
Lá me mostrou o jogo e ainda jogámos um pouco, deu para ele gozar comigo pelos meus dotes a jogar jogos de FPS.
Após passarmos uma hora a jogar e a rir, levantei-me na cadeira e sentei-me na cama dele:
- Rafa, posso-te perguntar uma coisa?
- Ya, fala. Posso só meter uma música? Baixinho? – assenti com a cabeça e ele pôs a The Silence de Alexandra Burke a tocar num volume baixo, tal como prometera. Saiu da cadeira e sentou-se na cama, ao meu lado, sério. – Fala, puto.
“Boa, não só me bastava a música romântica como também se estava a aproximar de mim, isto é fantástico!”, pensei para mim mesmo.
- Tu… quando a Alexandra te contou que eu era bissexual, qual foi a tua primeira reação?
- Normal, tipo por mim, desde que sejas feliz podes gostar de quem quiseres. Não é da minha conta, eu não ligo a essas merdas.
- Oh… que querido… - as palavras escaparam-se-me pela boca sem que eu tivesse tempo de as impedir. Ele limitou-se a dar uma gargalhada e a aproximar-se mais de mim.
- Continuas a ser meu amigo, seja qual for a tua orientação sexual. Gosto de ti à mesma. – sorriu.
Não gostava do rumo que a conversa estava a tomar, se calhar até gostava, mas havia algo de estranho.
So say you love me, or say you need me. Don't let the silence do the talking.
O silêncio estava-se a tornar demasiado constrangedor, a música ecoava no quarto e na minha mente. Os seus olhos fintavam os meus, aquele castanho achocolatado estava-me a derreter a alma, levando-me quase a lançar um suspiro.
Just say you want me, or you don't need me. Don't let the silence do the talking.
As nossas cabeças iam-se aproximando enquanto os nossos olhos se hipnotizavam e os nossos lábios se humedeciam. Ele estava perto, bastante perto, sentia o seu bafo na minha boca, os nossos narizes a poucos centímetros de distância. Ele continuava a aproximar-se, fechei os olhos e senti o seu bafo ainda mais próximo assim como o seu beijo.
O vibrar do telemóvel dele sobre a secretária de madeira fez-nos saltar aos dois. Os nossos lábios nem se chegaram a tocar, nem as nossas línguas a enrolar.
Ele saltou da cama e foi em direção ao telemóvel para ler a mensagem.
- É a minha namorada…
Ah sim, além de ser heterossexual, tem namorada, apesar de me ter quase beijado há três segundos atrás.
- Bem, vou andando… - peguei nas minhas coisas e dirigi-me à porta.
- Espera… Ainda tenho mais uns jogos para te mostrar.
- Não posso, já é tarde. – sem mais qualquer palavra, sai de casa dele.
Não me importava se o tinha magoado, ele tinha-me feito o mesmo. Ao menos de uma coisa tenho a certeza, ele não era completamente heterossexual. Havia uma réstia de esperança.